(Quase) no fundo do poço

Parei de escrever assiduamente no blog há mais ou menos três meses. Foi nessa época que também parei a hidroginástica, pois eu não estava conseguindo estudar, trabalhar, manter o blog e a família em dia e me ocupar outras noites com a hidro. Eu estava sobrecarregada de atividades e compromissos e precisei priorizar algumas coisas. Não podia deixar o emprego (mas pensei nisso algumas vezes), não podia deixar a faculdade, nem a família. Resultado: abri mão de muitas coisas que eram muito boas para mim para poder manter as outras três andando (meio que com a barriga).

Até aí, tudo bem. O problema é que eu não consegui. Cheguei a um nível de estresse em que eu não conseguia - e ainda estou lutando muito para conseguir - fazer absolutamente nada. É como se o meu corpo lutasse contra o meu cérebro. Enquanto a razão diz que é necessário se empenhar e se manter firme apesar das dificuldades, o corpo simplesmente não colabora. Acho que estou um pouco depressiva. Sei da necessidade de me manter trabalhando e estudando, mas é difícil dormir e é difícil acordar. É difícil ter vontade de ver meus amigos, de fazer alguma coisa agradável. No meu tempo livre eu só consigo pensar em dormir ou chorar. É, a coisa está feia.

Como parei abruptamente com a única atividade física que eu ainda mantinha, engordei 2,4kg nesse tempo. Estou reprovada em um disciplina e a perigo em outra (sendo que só estou cursando três nesse semestre). Meu marido não tem contribuído muito para me animar; faz piadas meio sarcásticas nos piores momentos; me vê só no final à noite é não é capaz nem de perguntar como foi meu dia. Pra piorar, ainda me sinto ridícula por ter esse nome estranho (pra não dizer feio) e fora de moda. Então vocês podem imaginar como estou me sentindo. Burra, gorda, incompreendida, mal-amada, incompetente e ridícula. Estou com vontade de não ter nascido, e por outro lado estou lutando - e quase perdendo as forças de tanto lutar - para perder essa vontade estúpida.

O semestre está quase acabando, sei que essa é a fase mais crítica, mas me sinto muito mal por ser sempre assim. É muito difícil, principalmente porque sei que vai voltar a acontecer daqui a seis meses. E não há perspectivas de melhoras para os próximos cinco anos.

Preciso de incentivo.